quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Right at the Boarderline

‘Feche seus olhos, isso às vezes pode funcionar’ – disse ele. Não, não funciona, traz a tona o que quero esquecer. Traz instantaneamente teu sorriso, teu rosto, teu jeito, teu gosto. É tudo o que tenho tentado evitar nesses últimos dias. Fechar os olhos definitivamente não é a saída. Quem sabe abri-los? Talvez isso dê um pouco da luz que tanto necessito. Fechar os olhos, limpar o coração, cortar as cordas. Dali para frente só fechá-los por outro grande amor. Libertar-me de tudo que me prende, me desapegar do que foi importante por tanto tempo. Recomeçar. Palavra de ordem. Embora saiba que recomeçar nunca é fácil, ainda mais para mim, que recomeçarei sem querer fazê-lo.
Sou humana? Ou sou estúpida? ‘Você é nova, não quero que perca tempo comigo’, quero perder tempo contigo, mas não, respeito. Decisão sua, problema meu. Seguir a vida sem meu passado. Ação do momento.
’Seja você mesma, é o que importa. Siga tua vida, acredite no destino, é o melhor que podes fazer por nós, no momento. Espero te encontrar por aí, um dia. Espero que eu ainda seja o homem de sua vida. É tudo o que desejo para mim. ’
Dor, dor, dor, mas o que importa agora sou eu, mais ninguém. Vou reconstruir o que está em ruínas e dar continuidade àquilo que chamo de vida.
Ontem não sabia  se dependia de mim, de você ou de nós. Hoje vejo que sou obrigada a depender somente de mim.
Obrigada por tudo, enfim, até um dia, quem sabe.
'Me encontre no caminho, bem no limite. É lá que esperarei por você. Eu estarei prestando atenção, noite e dia. Levei meu coração ao limite, e é onde eu ficarei. Não posso ir além disso.'

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