domingo, 4 de abril de 2010

Abismo do Ser

"Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos. São eles que me dão a dimensão do que sou."
Eu, do fundo do meu coração, tenho um orgulho absurdo de ser quem eu sou.
E tenho um orgulho absurdo de transformar tudo o que me dói em poesia.
Nada me atinge e eu sou superior a dor. Dói mesmo, eu me apaixono mesmo, eu sou intensa, eu me ferro mesmo. Tudo é bom, tudo é vazio, tudo é bom de novo. Não tenho medo de cair, tenho medo de não levantar.
Prefiro olhar para trás e guardar o que foi bom. Contentar-me e aprender a viver com o que possuo não com o que poderia ter. Ansiar por acontecimentos e fazer o possível para torná-los realidade.
É melhor olhar para o futuro e saber que, mesmo quando acreditar já ter visto de tudo, a vida ainda pode me surpreender, e que ainda posso surpreender a mim mesma.
Saber que sou capaz do que quero, de chegar ao objetivo estabelecido.
Saber que tenho a responsabilidade de mulher e a ternura de menina.
A vida ainda tem graça, basta fechar bem os olhos e abri-los determinada a ver algo de bom.
Enxergar oportunidades e não problemas. Ver que a vida tem muito a oferecer e que meu sorriso chegará a lugares distantes.
Cair, todos caem. Erguer-se? Não muitos.
Tenho tomado alguns espíritos fortes a fim de me reestruturar.
De estar pronta para a próxima batalha, pronta para encarar o próximo abismo e,
quem sabe,
estar pronta para me jogar nele.

Um comentário:

  1. Meus olhos brilham ao ler seus textos. Intenso, fugindo um pouco da linguagem formal, demonstrando sentimentos a flor da pele, em todo momento, em cada palavra. Você me encanta com seu jeito de escrever. Todas as mulheres do mundo deviam nascer com o seu dom. Meus parabéns mais uma vez, Letícia.

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