quinta-feira, 25 de março de 2010

Reviver para esquecer?


Hoje, sentei e me deparei com memórias
Lembranças de bons tempos e minhas glórias,
Procurando por fotos para te olhar
Respirando fundo, tentando não chorar.

Olhando pela janela o mundo lá fora
Lembrando como não via chegar a hora
A hora de finalmente poder te abraçar
A hora de o tal príncipe encantado chegar.

Ao teu lado revivi coisas que esqueci
Nunca pensei que pudesse ser tão feliz
Junto a ti iria a qualquer lugar
Sumiria, fugiria, sem pestanejar.

Logo fecho a caixa de recordações
Revive-la é partir inúmeros corações
Pudera eu, a saudade aliviar
Viver-te intensamente, sem medo de amar.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Pedra dói?

Dizem por aí que tenho um coração de pedra.
Que não dou trégua a ninguém, não facilito, não ajudo.
Dizem por aí que meu coração é tão frio quanto a neve, que não sabem nem se ele pulsa,
acham que talvez tenha congelado.
Difícil admitir, mas estão certos, em partes.
Ele não foi sempre assim.
Já foi quente, tenro, doce. Pulsava sutil, delicada e alegremente.
Acontece que o inverno chegou, você se foi, tudo mudou.
As flores murcharam, a lágrima caiu, a dor irrompeu.
Transformou, trocou tudo de lugar.
A solidão não veio sozinha,
trouxe na trouxa a saudade.
Desde então têm sido assim, me pego olhando nossas fotos e
lembrando meu verão, onde meu coração ainda batia.
Me pego, perdida, lembrando você, escrevo como era de
costume, dizendo na seqüência bem clichê: preciso de você.
Dizem por aí que tenho um coração de pedra.
Dizem por aí que nunca fui feliz.
Assim como sorrisos podem trazer falsidade, nem tudo o que dizem por aí é verdade.
Como pode uma pedra doer? É, não sei mas se for mesmo uma pedra, essa dói.